Nesse artigo vamos conferir dicas de Alter do Chão para ajudar no planejamento da sua viagem.
Dona de belas praias de água doce, Alter do Chão é conhecida como o “Caribe Amazônico”. Ficou famosa depois que o jornal britânico The Guardian falou que Alter do Chão tem as mais belas praias de água doce do mundo. E, depois de ter viajado para lá, posso confirmar, tem mesmo! Bora lá?!

São as águas quentes esverdeadas do rio Tapajós as responsáveis por Alter receber esse carinhoso apelido. O rio que nasce no Mato Grosso e deságua no rio Amazonas, banha toda a costa de Alter do Chão. Parece um Oceano de águas doces. O nome Tapajós vem de uma extinta tribo indígena que habitava a beira do rio no século XVII.
Dicas de Alter do Chão
Como chegar
Alter do Chão fica a 38 km de Santarém, a segunda maior cidade do Pará, onde está o aeroporto mais próximo. Eu voei do Rio para Belem (3:35 de voo) com a Gol, e de lá para Santarém em mais 1:15 h. Latam e Azul também oferecem voos para Santarém.

Do aeroporto até Alter do Chão são 38km de estrada pela PA-457, uma estrada boa e bem sinalizada que é percorrida em aproximadamente 40 minutos.
Como cheguei de madrugada peguei um transfer privado indicado pela minha pousada. Combinei ida e volta, assim tive 10% de desconto, saindo R$ 110,00 cada trecho. Deixo aqui o telefone caso tenham interesse falar com Deco whatsapp (93) 9132-6160.
Como se locomover
Alter do Chão é bem pequena e ainda preserva os ares de uma pequena vila de pescadores. Dá para fazer tudo a pé se você estiver hospedado no centro.
Para passear, o melhor meio de transporte é o barco. Você pode pegar um passeio compartilhado ou até mesmo alugar uma lanchinha com um dos barqueiros que ficam no píer principal, em frente à Praça 7 de setembro. Foi o que eu fiz. Fechei o primeiro dia de passeio com o Charles no píer por R$ 200,00. O segundo dia, que fizemos um passeio mais longo (até a Casa do Saulo), custou R$ 350. Mas o preço vai depender da quantidade de pessoas e do trajeto que for combinado. Vou detalhar os passeios no próximo artigo.

Para atravessar para a Ilha do Amor tem barquinhos no cais à frente da mesma praça e custa R$ 5,00 cada trecho.
Dicas de Alter do Chão | Quando ir
Como Alter do Chão está localizada perto da linha do Equador, faz calor praticamente o ano inteiro, independente se é inverno ou verão.
É importante saber que a paisagem é diferente em cada estação. Na estação da “cheia” do rio que vai de janeiro a julho, e coincide com o inverno, chove bastante, o rio está cheio e as praias desaparecerem. Nessa época você não vai ver a Ilha do Amor que fica submersa. Essa época é boa para fazer passeios de barco pela floresta, que só funcionam nesse período.

Já a estação da seca é boa para ver as praias de areias branquinhas banhadas pelo Rio Tapajós. Nessa época, entre agosto a dezembro, o volume do rio baixa e as praias aparecem. O mês de novembro é o auge da seca. Nesse mês é possível atravessar para a Ilha do Amor à pé, com água na altura do joelho. Mas, já não é possível fazer o passeio de canoa pela floresta por exemplo.

Eu fui no final de Agosto e consegui ver as praias e ainda fazer o passeio da Floresta Encantada. É que nesse mês o rio está começando a baixar, dá para curtir muitas praias que já aparecem e ainda ver os igapós da floresta.
Outro mês bom de ir é em setembro quando acontece o Festival Folclórico do Sairé. A festa é uma mistura de tradições religiosas e profanas, com danças do carimbó e apresentações teatrais que encenam o confronto entre os botos cor-de-rosa e tucuxi. Muito bacana para quem aprecia eventos folclóricos.

E aí, curtindo as dicas de Alter do Chão? Se tiver qualquer dúvida deixa nos comentários abaixo do artigo.
Onde ficar
As hospedagens em Alter são simples, com a cara do lugar. Não espere encontrar nada sofisticado no centro da pequena vila.
Eu fiquei hospedada na Pousada Alterosa, uma pousada simples, mas com boa localização e um café da manhã delicioso preparado pela Dona Del. Todo dia havia um suco de fruta regional, como caju e capim limão, ovos e tapioca de queijo coalho e geleia de cupuaçu.


Os quartos bem limpos, com ar condicionado e frigobar.
Reserve usando o link do booking aqui pelo site. Você paga o mesmo preço e ajuda na manutenção do site.

Quantos dias ficar
Eu passeio um final de semana (2 dias inteiros). Foi um pouco corrido, mas deu para aproveitar bem e consegui fazer a maioria dos passeios que queria. Ficou faltando ver o encontro do Rio Tapajós com o Amazonas, perto de Santarém e visitar o local onde tem as grandes vitórias régias. Se você tiver três ou quatro dias, pode aproveitar melhor.
O que fazer em Alter do Chão
No próximo artigo vou detalhar todos os passeios que fiz e ainda completar o roteiro com alguns outros que não deram tempo. Clica aqui para conferir o que fazer em Alter do Chão.

Onde comer
Boas dicas de Alter do Chão também incluem o que comer no Pará! Ao redor da Praça 7 de setembro ficam vários restaurantes e barraquinhas de comidas regionais. O legal lá é experimentar os peixes de água doce que tem sabor completamente diferente dos peixes de água salgada. Prove o Pirarucu, que é muito conhecido como o “bacalhau paraense” por ser um pouco mais salgado. Não deixe ainda de experimentar o Tucunaré, o Surubim, o Tambaqui na brasa e o Charutinho frito. Peça com o molho tucupi, feito com mandioca.

Importante também provar as frutas regionais: Cupuaçu, Bacuri e Taperebá. As frutas em sai são um pouco azedas, mas os doces, geleias e sucos são ótimos. Não deixe de experimentar também o Açaí da Amazônia, com sabor bem diferente do que estamos acostumados. Porque lá é o autêntico, sem aditivos ou conservantes.
Comi muito bem no restaurante Casa do Saulo, na praça 7 de Setembro e nos kiosks da Ilha do Amor.


Gostaram das minhas dicas de Alter do Chão?! Não deixe de conferir o outro artigo sobre o que fazer de bom lá.
Obrigada pela visita, volte sempre! 🙂
